Para quem nasceu nos anos sessenta os dias de hoje são muito
estranhos e restritivos. Na minha infância, adolescência e mocidade era comum
rirmos de tudo e todos sem maldade. Carinhosamente apelidávamos nossos amigos
que nos retribuíam o favor e ninguém se ofendia com isso. Contávamos piadas que
hoje são consideradas preconceituosas, mas não o eram. Lembro de meu pai
contando com saudades e amor de seus amigos e os apelidos divertidos que tinham,
o manco que era chamado de “tá fundo, tá raso” o maneta que era chamado de
polvo e mais tantos que nem vale a pena lembrar, pois certamente alguém falará
alguma coisa contra meu pai que era o homem mais sem maldade do mundo.
O mal desta época são
as pessoas politicamente corretas. Eu não as suporto. Sempre apontando seus
dedos duros e judiciosos para todos, arrotando verdades absolutas em seus
mundos pequenos e preconceituosos. Sim, preconceituosos, porque não há
preconceituoso maior do que um politicamente correto de carteirinha. Ele
atirará para todo lado, toda hora, sem descanso. É dele a verdade e você, que
fez uma piadinha sem graça à toa, vai ser caçado, amordaçado e executado por
ter sido um idiota com senso de humor. E não é só da falta de humor que estamos
falando agora, que os politicamente corretos nem sabem o que é, porque se
soubessem perceberiam que toda piada é preconceituosa, mas é uma piada, oras! Vamos
falar também da maldade destas pessoas, porque para transformar qualquer comentário
e piada em ofensa só tendo o coração muito corrompido.
Eu, apesar de ser considerada uma pessoa difícil e
combativa, felizmente tenho senso de humor e me irrita profundamente assistir o
festival de idiotices diárias de pessoas apontando para outras nessa caça às
bruxas dos dias modernos.
O Mundo precisa de mais riso, de mais humor, já vivemos todo
dia em meio a noticias de mortes violentas e ataques em massa, não precisamos
dessa nova religião que pensa poder mudar o mundo com mais ataques, desta vez
verbais.
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