Mr. Jerome Silberman, mais conhecido
por todos como Gene Wilder, esteve presente nos momentos mais alegres que
passei em frente à uma televisão. A mágica de Mr. Wilder talvez comece com seu
rosto expressivo e doce que nos desperta uma ternura instantânea até notamos
seus olhos brilhantes onde uma loucura hilariante vive perpetuamente e
percebemos que este homem é muito mais do que podemos imaginar.
Não existe um filme em que Gene
Wilder não salte da tela para seu colo como um gênio saltando de uma garrafa.
Ele leva a todos na palma de suas mãos com sua voz melodiosa e sedutora que se eleva
histérica e hilária em discursos insanos muitas vezes escritos por ele próprio.
Não se pode falar em Gene Wilder sem
dizer que sempre andou em muito boa companhia. Mel Brooks, Richard Pryor, Madaleine Kahn, Marty Feldman,
Cloris Leachman, Dom DeLuise, são somente alguns dos grandes que tem suas
pegadas ao lado das dele, muitos repetidas vezes. Sem contar sua hilária esposa
Gilda Radner, falecida tão cedo, mas memorável tanto só quanto ao seu lado.
Gene atuou, dirigiu e escreveu por
toda sua vida artística e fez tudo brilhantemente. Sua gang nos fez rir de
forma maliciosa, mas inteligente, coisa que já ninguém mais sabe fazer. Há
muito tempo não temos o prazer deste humor, mas saber que sua luz se foi,
definitivamente, é triste.
Gene Wilder deixa saudades de um
tempo que não volta mais, de risadas compartilhadas com aqueles que amamos e da
inocência que com certeza foi perdida em meio às suas piadas de duplo sentido e
da sensualidade debochada de Madaleine Kahn.
Vai em paz, querido mago.