16 de ago. de 2016

Joking


Para quem nasceu nos anos sessenta os dias de hoje são muito estranhos e restritivos. Na minha infância, adolescência e mocidade era comum rirmos de tudo e todos sem maldade. Carinhosamente apelidávamos nossos amigos que nos retribuíam o favor e ninguém se ofendia com isso. Contávamos piadas que hoje são consideradas preconceituosas, mas não o eram. Lembro de meu pai contando com saudades e amor de seus amigos e os apelidos divertidos que tinham, o manco que era chamado de “tá fundo, tá raso” o maneta que era chamado de polvo e mais tantos que nem vale a pena lembrar, pois certamente alguém falará alguma coisa contra meu pai que era o homem mais sem maldade do mundo.
 O mal desta época são as pessoas politicamente corretas. Eu não as suporto. Sempre apontando seus dedos duros e judiciosos para todos, arrotando verdades absolutas em seus mundos pequenos e preconceituosos. Sim, preconceituosos, porque não há preconceituoso maior do que um politicamente correto de carteirinha. Ele atirará para todo lado, toda hora, sem descanso. É dele a verdade e você, que fez uma piadinha sem graça à toa, vai ser caçado, amordaçado e executado por ter sido um idiota com senso de humor. E não é só da falta de humor que estamos falando agora, que os politicamente corretos nem sabem o que é, porque se soubessem perceberiam que toda piada é preconceituosa, mas é uma piada, oras! Vamos falar também da maldade destas pessoas, porque para transformar qualquer comentário e piada em ofensa só tendo o coração muito corrompido.
Eu, apesar de ser considerada uma pessoa difícil e combativa, felizmente tenho senso de humor e me irrita profundamente assistir o festival de idiotices diárias de pessoas apontando para outras nessa caça às bruxas dos dias modernos.

O Mundo precisa de mais riso, de mais humor, já vivemos todo dia em meio a noticias de mortes violentas e ataques em massa, não precisamos dessa nova religião que pensa poder mudar o mundo com mais ataques, desta vez verbais.  

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