Falo muito sobre fotografias, pois elas são para mim mais do que
importantes, como já disse muitas vezes.
Nunca pude estudar este hobby que me encanta, mas fotografo mesmo assim
e pra ser sincera sou bem jeitosa com a câmera e o que aprendi com meus 55 anos
é que tem pessoas que tiram fotos e pessoas que fotografam com a alma.
Tenho um amigo, gosto de chamá-lo de amigo, pois seus gostos e opiniões
são próximos aos meus, mas na verdade ele é amigo de uma amiga que virou um
amigo querido. Acho que deu para entender, não é? Não quero chamá-lo de
conhecido, pois isso denotaria que não existe emoção ou empatia e ele é mais
que isso. Portanto, amigo é.
Diógenes fotografa com a alma e acho que é uma das únicas pessoas entre
meus amigos do Facebook que saio de meu caminho para ver o que anda fazendo.
Porque a alma dele é, oh, tão bela.
Cada foto dele conta uma historia. É fácil perceber como ele se encanta
com as formas, os reflexos e as luzes da cidade. Nunca vi alguém fotografar o
São Paulo de hoje com tanto carinho.
A foto que me inspirou este post é em Paris, por onde ele andou
ultimamente e onde nos mostrou o encanto da cidade da luz em uma série de fotos
bem ao seu estilo. Únicas.
Não é a mais bela foto entre elas, mas é uma que demonstra o que penso
sobre ele.
Ele está à beira do rio, ao lado da Catedral de Notre Dame ele nos diz, o
dia não está ensolarado e se puder adivinhar pelo movimento da água, de um
verde garrafa profundo, a brisa deve estar agitando as folhas das arvores que
vemos ao longo da margem. As barcaças estacionadas ao longo do rio parecem tão
boemias e convidativas que a vontade e mergulhar na fotografia para nunca mais
voltar.
Imagino o querido Diógenes contemplando esse cenário, cotovelos na
amurada que cenicamente, aqui e lá, tem plantas se agarrando e escorrendo em
direção ao rio. Ele vê absolutamente tudo antes de fotografar. Não ergue seu
celular e tira uma foto somente para dizer que esteve lá. Ele ama o céu
acinzentado, a água turva, as barcaças momentaneamente estacionadas e o ar que
o envolve. Ele respira a cena completa antes de fotografar e a cada vez que ele
olhar essa imagem ao longo dos anos, aposto, que lembrará da sensação do
momento e do prazer que sentiu em estar lá.
Caro Diógenes, obrigada por sempre me levar com você aonde quer que vá.
Aprecio o passeio mais do que posso te dizer. Através de suas lentes o mundo é
muito mais belo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário